Estudo Mobilidade Inteligente

Mobilidade Inteligente Uma nova abordagem no planeamento e gestão a mobilidade urbana – o caso das ciclovias 111 aplica aos vários troços analisados sugerindo que a colocação da ciclovia possa ter influenciado o número de congestionamentos nessas vias. Os resultados desta primeira fase do estudo trazem informação útil e importante para quem gere e define soluções para a mobilidade na cidade. Identificam soluções com impactos positivos e negativos na mobilidade suportadas na ciência dos dados provenientes dos utilizadores das infraestruturas de mobilidade. Bem como, ilustram o impacto da pandemia nos padrões de mobilidade. A metodologia aplicada permite replicar para outros casos e utilizar ferramentas preditivas para a criação de diferentes cenários em função de diferentes soluções apoiando os decisores políticos na seleção de opções para intervenção apoiadas nos dados. As análises elaboradas consideram apenas a rede viária e as ciclovias, futuramente, deverão ser incluídas outras dimensões como a descrição da população servida, as características das atividades envolventes à ciclovia e a sua integração na rede ciclável e com outros modos de transporte, em especial o transporte público. A informação disponibilizada pelas novas tecnologias e plataformas existentes nas cidades permitirá recorrer ao uso de ferramentas inteligentes e suportadas nos dados para definição de soluções dinâmicas e que correspondem à procura. Atento a esta nova realidade o Automóvel Clube Portugal considerou necessário prolongar o estudo inicial, que terá novos desenvolvimentos ao longo do próximo ano, para ser possível repetir o presente estudo em condições de normalidade na mobilidade no período pós-pandemia e nesse enquadramento reavaliar o impacto da construção de novas ciclovias, bem como alargar a analise a outras dimensões da mobilidade nas cidades. Em jeito de conclusão, a primeira fase do estudo revela que a implantação de ciclovias em espaços urbanos teve diferentes impactos, decorrentes das características do espaço onde são implementadas e das opções de planeamento e execução adotadas. E que a rede de ciclovias é essencial, mas não esgota as medidas necessárias para tornar a bicicleta uma solução de mobilidade acessível. Em matéria de sugestões preliminares para estratégias e políticas integradas na área da mobilidade urbana, que podem ter especial relevância em cenários como o de pandemia que estamos a viver, o documento destaca a importância de um ajuste dinâmico da oferta de transporte público através do conhecimento em tempo real da sua, a utilização de autocarros para complementar a oferta de transporte ferroviário, a criação de aplicações para smartphones que permitam a reserva de lugares, e a promoção do desfasamento de horários para distribuir a hora de ponta por um maior período. O grande desafio da mobilidade inteligente passa por alterar hábitos e padrões de mobilidade, tirando partido da tecnologia em permanente evolução, através da criação de uma oferta que garanta qualidade de serviço e conveniência aos diferentes utilizadores do sistema.

RkJQdWJsaXNoZXIy ODAwNzE=