Estudo Mobilidade Inteligente
Mobilidade Inteligente Uma nova abordagem no planeamento e gestão a mobilidade urbana – o caso das ciclovias 44 3.3. Tecnologias digitais e inovações no transporte Como já mencionado anteriormente, podemos identificar uma alteração de paradigma – a cidade como plataforma – e três grandes tendências: partilha de veículos; micromobilidade; e veículos autónomos. A estas tendências acresce a evolução em curso para a mobilidade elétrica que transversalmente potencia as três tendências referidas. 3.3.1. Partilha de veículos A economia de partilha, intimamente relacionada com a evolução da economia linear para a economia circular, é uma das dimensões mais relevantes no novo paradigma da mobilidade urbana. Efetivamente, com a simples utilização de uma aplicação no smartphone é possível descobrir qual a oferta de mobilidade partilhada disponível nas imediações e rapidamente optar entre carro, scooter, bicicleta ou trotinete. Entre as possibilidades disponíveis contam-se: Sistemas de veículos partilhados; Viagens partilhadas; Aluguer de veículos P2P – os proprietários de veículos, promovem o seu aluguer diretamente a potenciais interessados. Neste ponto, é de referir que a pandemia de COVID -19 impactou as perspetivas de crescimento das soluções de partilha consequência das medidas de distanciamento social e da precaução que reduziram significativamente a sua procura. 3.3.2. Micromobilidade A micromobilidade, em particular a utilização de bicicletas, trotinetes e afins, é uma das tendências com maior impacto hoje nas cidades. Devido à adesão, pela alteração radical dos hábitos de mobilidade no que concerne à chamada “last-mile” (a forma como fazemos o último e mais curto troço das nossas deslocações), mas também pelos desafios que tem colocado à regulação da utilização do espaço público. Na imagem abaixo podemos observar uma visualização da dinâmica da rede de bicicletas partilhadas de Lisboa desenvolvida pelo NOVA Cidade. O crescimento exponencial da utilização da bicicleta em Lisboa (um contador da Avenida Duque d’Ávila registou uma taxa de crescimento de 321% entre 2016 e 2018), em paralelo com a mais recente entrada das trotinetes, se por um lado abre novas oportunidades para reduzirmos o uso do transporte automóvel individual, por outro lado ainda necessita de consenso quanto à forma como se integra no quotidiano da cidade.
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