Estudo Mobilidade Inteligente
Mobilidade Inteligente Uma nova abordagem no planeamento e gestão a mobilidade urbana – o caso das ciclovias 8 Gráfico 2 Fonte: INE, Inquérito Mobilidade 2017-2018 Na verdade, as escolhas do modo de viagem são determinadas por uma variedade de fatores psicológicos e atitudes subjetivas, como hábito e emoções, que devem ser analisados e levados em consideração para melhorar a eficiência das redes de transporte. Em particular, a preferência pelo transporte individual parece ser relativamente resistente ao efeito de incentivos económicos. Consequentemente, pouco progresso pode ser esperado, pedindo aos viajantes que voluntariamente reduzam o uso do automóvel ou mesmo subsidiando os custos do transporte público. Por um lado, as políticas de transporte devem ter como objetivo mudar a perceção cognitiva individual dos modos de viagem, não por adotar uma série de estratégias de baixa intensidade (como aumentos nos custos de combustível, impostos adicionais, taxas de estacionamento), que podem ser ineficazes, mas por meio de iniciativas que aumentem a consciência individual na tomada de decisões. Por outro lado, a eficácia das políticas “suaves” baseadas na prestação de informações para incentivar o transporte público e comportamento sustentável manifesta-se como modesta. Neste sentido, algumas autoridades públicas têm procurado optar por políticas “rígidas” ou de “comando e controlo”, como a limitação do uso do carro ou zonas de tráfego limitado, considerando que os outros incentivos não são eficazes para provocar essa mesma mudança de comportamento (Innocenti, Lattarulo, & Pazienza, 2013). Métodos experimentais podem demonstrar-se como úteis para compreender os fatores psicológicos que explicam tanto a ligação emocional à condução do automóvel e a importância pessoal e social do transporte público. Surge, portanto, a necessidade de maior enfoque nos serviços mais personalizados e focados no cliente ou mais informações sobre modos de transporte que podem melhorar a consciência dos viajantes sobre as consequências económicas de suas escolhas. Compreende-se ainda como plausível que o afeto pessoal dos indivíduos ao automóvel esteja diretamente relacionado com a própria frequência da sua utilização (Steg, 2003). Estas questões revelam-se úteis para suportar as possíveis diferenciações nas políticas de transporte público entre utentes frequentes e não frequentes de automóveis (Innocenti, Lattarulo, & Pazienza, 2013).
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